" Qualquer homem pode despir o corpo de uma mulher. Desnudar sua alma, porém, é tarefa para poucos." - Chandelli 69 Contos Secretos: agosto 2015

sábado, 29 de agosto de 2015

Sedução






   Ele a seduzia com os olhos que refletiam seus desejos inflamáveis. Seus dedos faziam o contorno do rosto dela, enquanto seu corpo rígido a pressionava lentamente contra a parede. Seus lábios uniram-se de um jeito sensual e ao mesmo tempo devasso. Sua língua sentia o sabor da seiva, que alimentava e libertava cada vez mais a luxúria.

   As mãos seguiam um ritmo estonteante em direção aos seus seios. Ela se entregava à suas carícias, e sua imaginação voava por caminhos pecaminosos. Sua boca descobria os segredos do seu corpo viajando pelo seu pescoço, chegou ao seu ouvido e sussurrou:
   – você me enlouquece!

   A presença dele fazia sua pele se arrepiar e, ao ouvir a voz rouca, estremecia, contorcia-se. Se ela se olhasse no espelho, não se reconheceria, pois seu rosto não podia esconder seus pensamentos e expressava sua excitação. Ele sempre soube tirar proveito disso, tinha certeza que ela é dele, e ele é completamente dela. As provocações prosseguiam à medida que já não se aguentavam mais. Ele tirou a blusa dela e parou para apreciar os detalhes de sua beleza. Seus olhos faiscavam. Beijou seu ombro e desceu de encontro aos mamilos endurecidos. Embebedava-se com seu sabor de mulher. Ela apenas gemia e chamava o nome dele. Uma das mãos escorregou pelo seu ventre e alcançou suas partes íntimas que gritavam para serem tocadas. O suor escorria, o clima esquentava e, quando se deram conta, já estavam nus. Beijaram-se. O cheiro de ambos se misturava. O prazer explodiu quando ele caiu de joelhos e deliciou-se em suas pernas. Os instintos primitivos floresceram imediatamente, fazendo-a agarrar seus cabelos e fechar seus olhos.  

   – Que safada!  – Disse-lhe roçando sua boca em seus lábios molhados. Deu um sorriso malicioso e cafajeste. Passou sua língua macia e umedecida por toda extensão labial. Era uma das melhores sensações que ela gostava, pois vibrava de expectativas e queimava de tesão. Explorava milímetros por milímetros com máxima sensualidade e podia sentir seu gosto escorrendo pelo meio das suas pernas. Invadia seu sexo com maestria e fazia pressão no local certo. Ela gemia de prazer olhando-o, e ele gemia pelo prazer que ela sentia e pelo tanto que ama fazer isso. Quanto mais ele chupava, mais ela contorcia-se.

   – Quero beijar o seu corpo e a sua alma – sussurrou junto com os suspiros.

   Depois de alguns minutos, o êxtase preencheu sua mente e solidificou-se em um orgasmo fenomenal. Após deliciar-se com seu sabor, levanto e grudou seu corpo suado no dela. Beijou-a com voracidade e toda vontade do mundo. Novamente estavam atraídos e completando-se como carne e unha. Ele suspendeu uma de suas pernas e encaixou sua masculinidade unindo ambos em um só. Com as pálpebras fechadas, ela sentia seus movimentos de vai e vem que gostava de receber. Ele afundava o rosto em seu pescoço e puxava seus cabelos acima da nuca. De repente, ele a agarrou e a deitou no chão. O tesão já estava no ápice, e a pegada já tinha ficado mais forte e selvagem, com rápidos movimentos, ela estava de bruços com ele segurando seus cabelos e penetrando-a por trás. Movimentou-se até preenchê-la com seu prazer.   

       
 




sábado, 22 de agosto de 2015

Descobrindo fetiche - Final








   Ele passou o resto do dia pensando no que havia acontecido. E, quando acabou o expediente, tratou de passar em uma sexy shop no caminho de casa. Passeou pelas prateleiras e achou o que queria.
   Chegou em casa, tomou um banho e a esperou chegar. Deixou uma mensagem no WhatsApp: “Vou te amar esta noite como nunca antes, com toda intensidade que se possa achar. PS: comprei uns apetrechos”. Alguns minutos depois, ela respondeu: “Já, já estou chegando. Também tenho uma surpresa, rs, bjs.”
   Pronto! O clima de expectativa estava em ambas as mentes.
  Quando ela abriu a porta, avistou umas setas desenhadas no chão indicando para onde deveria ir. Duas à frente, mais uma para direta, subiu as escadas e chegou ao quarto, viu-o sentado na poltrona de costas para a cama. Estava com uma calça e uma camisa de botão aberta.
   – Aguardava você – disse-lhe.
   – Eu sei, assim como você, também gosto de fazer um mistério. O que trouxe? – Completou.
   – Primeiro as damas!
   À medida que seus olhos se encontravam, seus desejos se ascendiam. O erotismo tomou conta do lugar. Assim, ela desceu a alça do vestido e o deixou cair. Seu corpo parecia que foi desenhado a mão, suas curvas delineadas destacavam sua beleza feminina.
    – E aí, o que achou?
   – Fabulosa! Não vejo a hora de sentir o tecido dela.
   – Eu sei que você adora lingerie preta e decidi comprar esta.
   Ele a observava de maneira intensa, seus olhos revelavam sua vontade de juntar seus corpos num só. Chamou-a para perto. Ela caminhou, apoiou-se nele e o beijou. Beijaram-se bastante. Sua troca de beijos era surreal. Avassaladora. As duas línguas endiabradas se enrolavam, devoravam-se. Ao mesmo tempo em que suas mãos percorriam sutilmente pelo seu corpo. Ela acariciava sua nuca e cabelos, e ele tocou o meio da suas pernas.
   – Adorei o tecido ­– sussurrou.  
    Riram entre o beijo.
   Ele a alisava com movimentos suaves subindo e descendo. Ela apenas gemia em seu ouvido.
   – Safado!
   – Um pouquinho, talvez.
   Quando ele colocou o pano para o lado e encostou a ponta do dedo em seus lábios sensíveis e úmidos, a pele dela arrepiou-se. Ele acariciava delicadamente. Tocou seu clitóris e estimulou-o com gestos lentos. As mãos dela que estavam em seu rosto desceram arranhando seu pescoço em direção ao peito fazendo-o urrar de dor. Ele a mandou virar-se. Beijou sua bunda e fez o contorno da calcinha com a boca. Retirou-a. Levou sua boca ao meio dela e lambeu.
   Levantou e levou-a para a cama. Disse-lhe para que ficasse de quatro. A partir dali, ela estava em um mundo desconhecido, seu corpo sabia o que estava para acontecer, mas sua mente ainda não podia imaginar exatamente o que era. A voz dele suave e grossa ordenou que ela ficasse imóvel. Ele usou algemas com separador nos tornozelos dela a fim de manter suas pernas abertas. Depois, ela sentiu a palmatória roçando entre suas pernas, e seu coração disparou. Após o silêncio preencher o local e ele segurar seus cabelos, aconteceu o primeiro golpe.
   Ela gritou.
   Outros golpes.
   Ela sentia pela primeira vez a dor e a quentura ao mesmo tempo invadindo seu corpo. Ele olhava seu traseiro avermelhado e marcado. Alisou. Tocou sua boceta e notou que estava excitada.
   Mais alguns golpes.
   Ele parou, penetrou dois dedos nela e a comeu com eles. Usou o polegar da mesma mão e estimulou seu órgão do prazer. Seu toque consumiu seus desejos, não havia corpo que suportasse tal provocação. Após alguns minutos passarem, desabotoou a calça e de uma só vez encaixou seu membro de um jeito e animal. Movimentou seu quadril para frente e para trás concentrado. Aumentou a intensidade enquanto ela soltava sons incompreensíveis. Ele exercia sua força, segurando sua cintura firmemente. Ela adora essa masculinidade e ansiava por cada investida apressada e profunda até sua mente sair de órbita e fazer atingir o ápice.
   Assim, essa foi a leve primeira experiência do casal que sempre curtia experimentar coisas novas e descobrir diversas formas de dar e receber prazer a dois.