A campainha tocou, e ele foi correndo abrir a porta. Ela chegou com algumas
sacolas de supermercado. Trocaram um selinho, e ele voltou para a cozinha.
–
Você não se cansa de tentar né?! – Falou-lhe caminhando em sua direção com um tom
sarcástico e desafiador.
–
É nosso aniversário de casamento, preciso tentar – respondeu com ar confiante e
decidido.
Ela apenas sorriu e foi tirando as coisas da sacola.
– Trouxe aquele vinho que você gosta – anunciou mostrando-lhe a garrafa e
colocando-a no freezer.
–
Por isso que eu amo você! – Deu-lhe um beijo na sua testa.
–
Só por isso? Poxa – retrucou com uma expressão desapontada, mas com um pouco de
ironia. – Só por isso mesmo? – Repetiu fazendo beicinho.
–
Você sabe que não! Poderia fazer uma lista enorme com os motivos de eu te amar
tanto – justificou-se colando a boca na dela e dando-lhe um beijo segurando sua
cintura.
Apertou por baixo da suas nádegas e suspendeu-a colocando-a sentada em cima da
pia.
Beijou e mordeu seu pescoço por um longo período de tempo. As línguas
tocavam-se de um jeito delicioso e apaixonado. Quando ele lambia seus lábios,
ela apenas respondia com grunhidos tímidos, mas libidinosos. Suas mãos percorreram
por suas pernas até chegarem à altura do short jeans branco. Ela arranhava suas
costas mostrando-lhe o quanto suas unhas estavam bem feitas e afiadas, enquanto
ele colocou suas mãos em seus seios e acariciou-os. Depois de uns minutos,
segurou seu rosto e declarou-se a olhando nos olhos com um jeito apaixonado e
ao mesmo tempo sensual:
–
Quero você de verdade. Quero ficar contigo para sempre, quero poder sentir sua
pele se arrepiando, ver seus olhos ficando pequenos cheios de prazer, ouvir
seus lábios soltando gemidos incompreensíveis, até meus cabelos caírem.
–
Também te quero pra sempre, meu amor.
Ela abriu o zíper da calça dele. E ele não soltava seu rosto, quando beijou-lhe
com extrema vontade. A calça dele caiu no chão, e ela pôs a mão na sua ereção
por cima da cueca boxer. Como ele estava sem camisa, a reação dela foi cravar
as unhas novamente, mas desta vez em seu peitoral, deixando-o com linhas
vermelhas que seguiam até a sua pélvis. Rugiu ao sentir aquela dor, entretanto,
ao mesmo tempo excitava-se ainda mais. Seu coração batia desvairado que quase
se podia ouvi-lo. O tesão do casal era ilimitado, ambos eram loucos um pelo
outro, por cada detalhe, cada toque, cada sussurro. Uma veneração rara de se
ver.
Ele rasgou sua blusa bata cor de rosa com estampa de beijos, quando viu aquele
olhar de excitação dela. Soltou o fecho do seu sutiã e devorou seus seios como
se fosse um animal esfomeado. Ela agarrava seus cabelos observando-o chupá-los
com seus olhos entreabertos. Gemia em seu ouvido fazendo-o aumentar a
intensidade das sucções.
–
Você me deixa louca! – Soprou com uma voz baixa e rouca.
Ele chupava tão forte que lhe causava um pouco de dor, porém, sentiu seus
músculos entre as coxas contorcerem-se quando ele enfiou o dedo pela entrada da
perna do short e encostou-o na sua calcinha úmida. Sua visão por um momento não
pode mais identificar imagens, seu corpo entrou em erupção quando ele encostou
a ponta do dedo no clitóris e o pressionou.
– Oh! Por favor! – Disse baixo quando ele friccionou com mais intensidade a
ponta do seu dedo e fez movimento para cima e para baixo.
–
Aaaahh! – Respondeu entre os gemidos que não paravam até seu corpo explodir com
um orgasmo de arrepiar toda sua pele.
Ele parou. Tanto um quanto o outro estava sem fôlego. Suas pernas tremiam com
os espasmos sobre a pia, e ele a olhou nos olhos e pronunciou:
–
Não me canso de te dar prazer.
Apoiou a cabeça no seu pescoço e respirava fundo, ela o abraçou recuperando o
ar. Quando ia beijá-la...
–
PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI-PI!!!
De repente, o alarme do forno começou a apitar freneticamente, foi quando ele
lembrou-se do frango que estava assando para o jantar que pretendia preparar.
Correu para ver como estava e ao abriu a porta do forno, a fumaça acinzentada
saiu quase em seu rosto e tomou conta da cozinha inteira.
–
Que droga! – Reclamou incrédulo.
–
Que pena querido. Achei que dessa vez ia conseguir cozinhar pra mim – falou
colocando as mãos em seu ombro e mostrando-se divertida com aquela situação.
– Não vou desistir! Mas... Hoje vamos ter que jantar fora – disse colocando o
frango queimado, quase totalmente preto, na pia.
Ela sorriu.
Continua.